Os trabalhadores da Call Tecnologia decidiram na assembleia geral, realizada na manhã desta segunda-feira (20), em frente à sede da empresa, no Núcleo Bandeirante, rejeitar a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014. A categoria decidiu também cruzar os braços por 24 horas para protestar contra a postura da empresa nas negociações. Depois da assembleia, um grupo de trabalhadores seguiu em passeata até o call Center que atende o BRB (Banco de Brasília), a cerca de 300 metros da sede da Call, para protestar e sensibilizar os colegas a participarem do movimento.

A proposta de reajuste de 7,25% apresentada pela empresa foi considerada muito ruim pela categoria e um clima de revolta e indignação começa a tomar conta do ambiente de trabalho, o que piora ainda mais o andamento das negociações. “Esse reajuste é muito pequeno e nós merecemos uma proposta melhor, pois a nossa dedicação é muito grande e a empresa precisa reconhecer nosso trabalho pagando um salário melhor”, disse uma tele atendente que pediu para não ser identificada.

Durante a campanha salarial, o Sinttel-DF sempre esteve aberto ao diálogo, mas, curiosamente, a empresa só apresentou sua proposta de ACT no dia 10 de maio, em uma reunião na sede do sindicato. “A empresa se negou a discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores e apresentou uma pronta à categoria, isso é um absurdo e um desrespeito com os companheiros”, afirmou o diretor Leandro Fonseca.

A situação é tensa e a Call precisa avançar nas negociações para evitar uma radicalização desnecessária que, caso ocorra, poderá causar prejuízos aos usuários dos serviços prestados pela empresa, entre eles, os atendimentos na Central de Atendimento à Mulher (180) e em outros órgãos do governo federal. O Sinttel-DF parabeniza todos os trabalhadores que participaram do movimento nesta segunda e cobra da empresa a continuidade das negociações do ACT.

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