A manifestação dos trabalhadores da Oi na tarde desta segunda-feira (29/04), nas unidades da empresa, no Setor Comercial Sul e Setor Comercial Norte, em Brasília, contou com a adesão expressiva da categoria. Além da capital federal, aderiram ao movimento os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba.

No início da tarde, centenas de trabalhadores desceram dos prédios e fizeram vigília, enquanto aguardavam o resultado da reunião que acontecia no Rio. Durante o protesto, diretores do Sinttel-DF e da Fittel se revezavam no carro de som para cobrar da empresa o pagamento do benefício.

“O mais indignante é que no comunicado interno enviado aos trabalhadores, via intranet, a Oi pisa na bola e depois tenta remendar, quando deixa a entende que não foi atingido o indicador, mas que pagará igualmente um abono reconhecendo a importância do trabalhador para o futuro da Oi”, desabafou o diretor da Fittel Juan Sanchez.

Juan acrescentou ainda que a pressão dos trabalhadores foi fundamental para fazer a empresa se mexer. “O movimento foi muito bom, mas precisa aumentar para impedir que o imediatismo e a necessidade financeira do trabalhador se sobreponham à justiça e a dignidade, que passa também pelo pagamento justo e correto do Placar 2012“, disse.

A comissão de negociação da Fittel, coordenada por Brígido Ramos, não aceitou as condições da proposta apresentada pela empresa, que significa o rompimento unilateral do Acordo Coletivo do Placar 2012 em vigor. A federação pede aos trabalhadores que mantenham a mobilização nos locais de trabalho e aguardem novas orientações da entidade.

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